Foram precisos 90 anos para as mulheres ganharam o direito de saltar de esqui nos jogos olímpicos, uma guerra judicial que teve início em 1924. Quase 100 anos depois Sochi torna-se o palco da luta das mulheres mas também das pessoas LGBT. Das mulheres porque os saltos de esqui que agora são permitidos pela primeira vez nos Jogos Olímpicos, só o são a nível individual da colina baixa, enquanto que os homens tem acesso além dos saltos por equipas à colina alta.
E foi na colina normal que 30 mulheres já saltaram e bastou um dia para ser encontrada a primeira campeã olímpica de sempre nesta modalidade.
E se as mulheres estão de parabéns, as mulheres lésbicas também: Daniela Iraschko-Stolz é a protagonista. Daniela Iraschko-Stolz, atleta Austríaca e abertamente lésbica leva para casa a medalha de prata tendo sido batida pela saltadora alemã Carina Vogt que levou o ouro. Coline Mattel da França ficou em terceiro levando consigo o bronze.
Sochi está a ficar marcada pelas polémicas.
Não bastava que o presidente da Rússia, Putin tivesse dito que os atletas e visitantes gays seriam bem-vindos a Sochi desde que "deixassem as crianças em paz". As coisas ficaram ainda mais complicadas quando Putin e a medalha de ouro nos 3000 metros em pista de gelo, Ireen Wust, foram fotografados num abraço. A questão é que Ireen Wust é uma mulher abertamente bissexual e o abraço não ficou muito bem visto por muitas pessoas LGBT e, provavelmente, por alguns legisladores Russos. Será que Putin poderá ser processado por apoiar uma pessoa abertamente homossexual? A ver vamos...