Os treinadores da Universidade do Missouri decidiram separar os jogadores em grupos para que estes se pudessem abrir sobre as sua vida pessoal e assim ficarem a conhecer-se melhor. Cada um foi convidado a falar sobre por que escolheram o Missouri, onde cresceram, bem como outros interesses e assuntos que achassem importantes para partilhar com o mundo.
Michael Sam, enrolando um papel nas mãos numa resposta corporal de algum desconforto, diz “eu sou homossexual”.
Com esta revelação Sam candidatou-se a ser o primeiro jogador homossexual no ativo da Liga Nacional de Futebol dos EUA. Sam que pensava estar a revelar algo novo para todos, mas a expressão dos colegas foi o alívio de vê-lo finalmente a “sair do armário”. Michael Sam foi também o escolhido entre os colegas de equipa como o mais valioso jogador universitário do Missouri, tal como já o tinha feito a Associated Press. A diferença entre Sam e os restantes jogadores de futebol americano que tinham divulgado publicamente que são homossexuais ou bissexuais é que Sam continua no ativo. Sam faz esta revelação a meses da seleção dos jogadores para a próxima temporada que decorrerá em Maio.
Num ambiente identificado como machista Sam já encontrou as duas faces da moeda: por um lado quem diga que não gostaria de o ter como colega de equipa, mas por outro a sua ingressão em mais uma época é desejada. Para que não houvessem dúvidas sobre o assunto, a NFL emitiu um comunicado onde se lia "admiramos a honestidade e a coragem de Michael Sam. Michael é um jogador de futebol americano. Qualquer jogador com habilidade e determinação pode ter sucesso na NFL estamos ansiosos para o receber e apoiá-lo em 2014."
O campeonato tem políticas de não discriminação onde se inclui a orientação sexual, mas é sabido quanto é difícil garantir essas políticas dentro e fora do relvado, especialmente numa das principais ligas desportivas do EUA com 1600 atletas e que nunca teve um jogador abertamente gay.