Miss Diva | Rapidinha: Traffic - Ninguém sai Ileso (Traffic) de Steven Soderbergh. [3/4/2001]
O ano de 2000, ficará para sempre na memória de Steven Soderbergh. É o ano em que volta à ribalta com dois êxitos de público e crítica, e em que consegue duas nomeações para o óscar de melhor realizador (se bem que acho que ele não vai ganhar). Uma por "Erin Brockovich" e outra por este "Traffic". Inspirado numa série de televisão inglesa, este filme conta-nos três histórias distintas. Numa, Michael Douglas é nomeado o novo czar da luta contra a droga, acabando por descobrir que a sua filha é viciada em heroína. Noutra, Catherine Zeta-Jones vê o seu marido ser preso pela polícia, descobrindo assim que o seu bem estar se deve ao tráfico de droga. Decide então fazer tudo para salvar o marido e o seu estilo de vida. E por fim temos Benicio Del Toro como um polícia mexicano que é tentado a fazer parte de um cartel de droga. Filmado quase como se de um documentário se tratasse, o filme acaba por nos passar a mensagem de que a guerra contra a droga nunca terá fim. É uma ideia deprimente, mas a realização quase isenta de emoção de Soderbergh deixou-me indiferente. Não restam dúvidas que o homem sabe realizar, conseguindo contar-nos as três histórias sem atropelos e não dando mais importância a uma que às outras. Mas acho que o seu coração está com o personagem de Del Toro e as sequências no México (com uma fotografia granulada em tons queimados... as coisas que eu digo!) são as melhores do filme. O famoso elenco varia entre o muito bom e o razoável. Por exemplo Douglas, igual a si próprio, é um inconvincente pai de família e Amy Irving (sabiam que há muitos anos atrás ela contracenou com Kirk Douglas em "A Fúria"?) como a sua esposa não é melhor. Por outro lado Zeta-Jones prova ser mais do que uma atraente mulher e Del Toro (num estilo muito maricon) demonstra uma grande versatilidade. No entanto a surpresa para mim foi a interpretação de Thomas Milian como um general mexicano de nome Salazar, a ele se devendo a melhor sequência do filme (o jantar dele com um prisioneiro). O filme é pesado e demasiado longo, mas está bem escrito e é um retrato realista de uma situação que aflige todo o mundo.
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