Miss Diva | Rapidinha: Mulhonlland Drive (Mulhonlland Drive) de David Lynch . [2/27/2002]
Gostam de puzzles em que as peças não encaixam todas? Então preparem-se para uma viagem surrealista ao universo de David Lynch. Vamos lá ver se eu consigo, em poucas palavras, contar por alto a história do filme. Antes de o fazer, quero que tenham em mente que este filme pode ter diversas interpretações e a que segue é a desta pobre mortal que sou eu. Diane/Betty chega a Hollywood com a ambição de ser actriz, entretanto conhece e apaixona-se por Camilla/Rita. Quando esta a troca por um realizador, a pequena entra em depressão (das fortes) e na sua mente tudo se transforma num misto de sonho e pesadelo, com trágicas consequências. Isto é Lynch puro e, como tal, não é um filme fácil; ainda por cima torna-se por vezes aborrecido e é demasido longo. No universo onírico (gostam da palavra? Descobri-a no dicionário) é natural que a realidade se misture com a mais estranha ficção, e muitas vezes a segunda só está lá para confundir a primeira. No fundo é tudo uma questão de estarmos ou não dispostos a aceitar as regras dos sonhos e pesadelos; se estiverem, estou certa que vão achar esta viagem interessante. Como Rita/Camilla, Laura Elena Harring é um bom pedaço de mulher, bonita, sexy e e com tudo no sítio; infelizmente como actriz não é muito convincente. Mas a grande revelação do filme é a também bonita Naomi Watts (que faz lembrar Meg Ryan), que como Diane/Betty revela ser uma excelente e versátil actriz. Porque que é que ela não foi nomeada para o Óscar ou qual a razão que ninguém parece falar dela, não sei, o que sei é que ela merece todo o sucesso que possa vir a ter. Juntas, estas duas actrizes dão-nos uma das mais bonitas e sensuais cenas de amor entre mulheres.
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