Miss Diva | Rapidinha: O Dom (The Gift) de Sam Raimi. [3/25/2001]
Longe vão os tempos em que Sam Raimi nos divertia e assustava com os seus "The Evil Dead", agora decidiu enveredar pelo dito cinema sério e todos ficámos a perder. Numa pequena cidade sulista, uma viúva vive da sua habilidade para consultas psíquicas, o que por vezes lhe trás problemas. Um dia desaparece uma jovem e a polícia recorre a ela como uma última chance. Ao princípio ela não consegue descobrir nada, mas à noite tem uma visão em que vê o corpo afogado da jovem. No dia seguinte a polícia segue as suas indicações e descobrem o corpo, bem como o responsável pelo crime. Mas ela tem dúvidas quanto à identidade do assassino. O argumento parecia o ideal para Sam Raimi, mas apesar de nos pregar alguns sustos o filme é desinteressante. O problema é que leva tempo a chegar ao crime (okay, Raimi está a desenvolver o caractér psicológico dos seus personagens) e depois de lá chegar torna-se previsível. Pior ainda, Raimi dá-lhe um ritmo tão lento que torna a visão do filme chata, chatíssima. O melhor são as atmosféricas cenas nocturnas junto ao lago. Nada tenho a apontar ao elenco de bons profissionais, mas mesmo dando o seu melhor não conseguem salvar o filme. Cate Blanchett como a víuva continua a mostrar a sua facilidade em mudar de registo e Keanu Reeves é convincente como o violento marido da sonsa Hilary Swank (desculpem, mas não consigo simpatizar com esta actriz) e principal suspeito do crime. O bonitão do Greg Kinnear continua igual a si próprio e Giovanni Ribisi é excelente como o jovem perturbado (dou um doce a quem descobrir o que é o diamante azul que tanto o atormenta). Mas apesar do convincente elenco o filme deu-me sono e é mesmo muito pouco interessante. Por favor Raimi, volta ao cinema de terror.
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