Miss Diva | Rapidinha: Planeta dos Macacos (Planet of the Apes) de Tim Burton. [9/5/2001]
Um jovem astronauta vê-se metido no meio de uma tempestade espacial, que o transporta para o futuro. Aí ele aterra num planeta onde os macacos são a raça predominante e os humanos são os seus escravos. Claro que ele vai tentar alterar a ordem das coisas. Mas que grande macacada!!! O que é que o Tim Burton estava a pensar quando fez este filme? Do seu universo pessoal dificilmente se encontra alguma coisa e o resto é uma palhaçada em três actos. Considero-me uma grande fan de Burton, mas nunca pensei que ele pode-se dirigir semelhante fiasco. O filme não tem nem emoção nem suspense, os personagens não podiam ser mais desinteressantes e o final (que não vou revelar) é ridículo e completamente ilógico (ou assim a minha pobre mente acha) no contexto do filme. As tentativas de imprimir humor são falhadas e completamente metidas a martelo. O melhor do filme é o trabalho de maquilhagem de Rick Baker, um especialista em símios, que provavelmente irá ganhar mais um óscar pelo seu trabalho. Também os cenários, principalmente a cidade dos macacos, são bons. Quanto à música de Danny Elfman é eficaz e de boa qualidade. No entanto, o mais interessante é a postura dos macacos, mais animalesca do que aquilo que acontecia no clássico dos anos 60. Quanto ao elenco, o sexy Mark Wahlberg não convence ninguém como o astronauta e o restante elenco, irreconhecível nas suas máscaras de macacos, também não é muito feliz. Como o mau da fita, Tim Roth é exagerado (over-acting) e devia estar com um problema na vista, pois olha sempre de baixo para cima. A pobre Helena Bonham Carter tenta imprimir paixão à sua personagem, mas fica-se por uns olhares gulosos a Whalberg (a rapariga não tem mau gosto). O original dos anos 60 com Charlton Heston (que tem agora uma curta aparição como macaco) é muito melhor e está mais perto do espírito da novela de Pierre Boule. A presente remake não passa de mais uma super-produção de ficção científica, onde o que interessa é a acção e os efeitos especiais. Não há surpresas de qualquer espécie e o resultado final é um pobre exemplo do género, por vezes bocejante e incoerente.
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