Os comentários do ministro da Educação, Rafael Peretz, que no ano passado falou favoravelmente sobre a "terapia de conversão" gay, um método amplamente desacreditado, levaram a respostas dentro do próprio governo, em que um dos membros é abertamente homossexual.
Questionado pela edição de fim de semana do jornal Yedioth Ahronoth sobre o que faria se os seus filhos tivessem uma "orientação sexual diferente", Peretz disse:
Graças a Deus, os meus filhos cresceram de uma maneira natural e saudável. Estão construindo seus lares com base nos valores judaicos. Eu não me incomodo com essa ideia de 'se'. Rafael Peretz, Ministro da Educação
Várias cidades israelitas disseram que abririam a nova semana escolar (que começa ao domingo no país) com aulas de tolerância em resposta. Foi o que fez a cidade de Hod Hasharon, perto de Tel Aviv, conforme explicou o Presidente da câmara Amir Kochavi, no Facebook.
Promovemos no sistema educacional municipal um programa de democracia, igualdade, reconhecimento do outro e aceitação das diferenças. Em resumo, o oposto do rabino Rafi! Amir Kochavi, Presidente da câmara de Hod Hasharon
Peretz, que chefia o ultra-nacionalista Partido do Lar Judaico, assumiu a carteira de educação dentro do governo de coligação conservador do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu em junho.
O ministro da Justiça Amir Ohana, membro do partido Likud de Netanyahu que tem filhos com um parceiro do mesmo sexo, condenou os comentários de seu colega de gabinete como "miseráveis, e não pela primeira vez", acrescentando que "não refletem a posição do governo".
Cresci numa família saudável, boa e afetuosa, assim como os meus filhos e filhos de muitos LGBTs de todas as partes do país, de todo o espectro político Amir Ohana, Ministro da Justiça, Twitter