Desde 2006 que o país reconhece casais do mesmo sexo através de parcerias registadas, mas sem o estatuto de casamento.
A questão está a ser revista agora no parlamento com 46 deputados a apoiarem a igualdade no casamento e 37 a defenderem um projecto que defende a inclusão na Constituição de que o casamento é apenas entre um homem e uma mulher.
Isto num país do antigo bloco comunista que, ao contrário dos vizinhos Polónia e Eslováquia tem mantido uma posição secular e pequena influência da religião na política. Em abril deste ano uma sondagem concluiu que 3 em cada 4 cidadãos acreditavam que se duas pessoas se amam devem ter a possibilidade de se casarem independentemente de serem um casal de gays ou de lésbicas. Mesmo assim cerca de um quinto acredita que a homossexualidade é imoral.
O primeiro-ministro Andrej Babis disse na sexta-feira que seu governo apoia a legislação para introduzir o casamento entre pessoas do mesmo sexo. No entanto o partido mais votado em Outubro não tem a maioria e ainda não conseguiu apresentar um governo que fosse aprovado pelo parlamento. Depois de tentarem formar governo sozinhos o partido centrista ANO, está agora em negociações com os centro-esquerda Sociais Democratas e com o Partido Comunista. Esta situação significa na prática que a votação do projeto de lei pode ainda estar longe de acontecer no parlamento nacional com 200 membros, onde precisa de metade dos votos.