Os organizadores decidiram não acatar a posição (não vinculativa) da autarquia divulgada ontem, porque dizem ter autorização do Governo Civil e da PSP para realizar a marcha, que deverá começar no Parque Eduardo VII e terminar no Rossio. "O Governo Civil enviou uma carta a dizer que podíamos realizar a marcha e a PSP também não colocou quaisquer entraves, disse apenas que o número de polícias presentes não deveria ser muito elevado porque nesse dia há jogo do Euro", disse Paulo Vieira, da associação Não te prives - Grupo de Defesa dos Direitos Sexuais. Os organizadores reuniram-se quinta-feira para afinar os últimos detalhes e na altura ficou "tudo certo": "Tínhamos todas as autorizações necessárias e agora o presidente da Câmara lembrou-se de dizer que não queria que a marcha fosse na Avenida da Liberdade", recordou Fabíola Cardoso, da associação Clube Safo. O presidente da Câmara de Lisboa tornou público ontem o parecer negativo da autarquia à realização da marcha, por considerar que "na Avenida da Liberdade só se devem realizar manifestações em datas muito especiais, como o 25 de Abril, ou provas desportivas". No entanto, os responsáveis pelo evento garantem que não vão desistir da iniciativa, uma vez que o parecer municipal não é vinculativo, ao contrário da decisão do Governo Civil, "que é favorável e já foi dada" aos organizadores, garantiu Paulo Vieira. A marcha, organizada por uma dezena de instituições e grupos representativos da população lésbica, "gay" e bissexual, deverá desfilar no dia 26 sob o lema "Pela Diversidade. Contra a Discriminação. Também somos Europa". Esperando mais de dois mil participantes na iniciativa que se realiza pela quarta vez em Lisboa, a festa do Orgulho "Gay" celebra a revolta, que se prolongou por três dias, de um grupo de homossexuais, nos Estados Unidos, contra perseguições policiais. Mais informações sobre o evento em
www.portugalpride.org [notícia adaptada de Público Última Hora]
Pode também ter interesse em: