Um passo de gigante no que toca aos países do Médio Oriente, num país onde são frequentes os relatos de maus tratos a pessoas LGBT quando sobe custódia das forças de segurança. Quem o diz é o relatório da Human Rigths Watsh (HRW), baseado em 50 entrevistas com pessoas presas por suspeita de serem homossexuais, profissionais do sexo ou uso de drogas, nos últimos cinco anos.
De acordo com os especialistas e ex-detidos entrevistados pela HRW, a policia Libanesa pouco ou nada faz para esconder o desdém pelas pessoas LGBT, profissionais do sexo ou utilizadores de drogas.
As forças de segurança continuam a usar o método da “sonda” para executar teste anais como forma de descortinar quem é ou não homossexual, um método usado mesmo tendo sido proibido pela Associação Medica Libanesa e o Ministério da Justiça.
Houve mesmo uma denúncia de um caso onde 36 homens foram submetidos aos referidos testes, tendo sido mesmo obrigados a pagar por eles. Estes homens foram detidos após uma rusga policial a um cinema porno onde alegadamente se dão encontros entre homens homossexuais.
No entanto o Líbano consegue ser um país relativamente tolerante tendo em conta a norma dos países Árabes: a pena de prisão por sodomia é de 1 ano, há algumas publicações LGBT lançadas esporadicamente e tem dois grupos dedicados às questões LGBT, sendo um delas específico das questões das mulheres. Mas a esmagadora maioria da população em geral continua com uma visão muito negativa das pessoas LGBT.