Não é um novo Catecismo da Igreja Católica, mas um compêndio, em linguagem dialogante, alimentada por 598 perguntas e respostas.
O capítulo que levantou mais reacções foi o dos 10 mandamentos. Desde a proibição da "idolatria, agnosticismo e ateísmo prático", chega-se ao mandamento de "honrar pai e mãe", no qual se defende a família como "célula originária da sociedade humana" e que o Estado deve "respeitar, proteger e favorecer a verdadeira natureza do casamento". O quinto mandamento "não matar" assinala a proibição do aborto, do suicídio e da eutanásia, exige a protecção do embrião e contempla a desobediência civil quando as leis se opõem à ordem moral. Considera ainda imoral a fecundação artificial. Reconhece também o direito à legítima defesa e sublinha que, na sociedade actual, a pena de morte não faz sentido. Sobre o uso da força militar, recorda que só é justificado em certas condições "certeza de um dano rápido, duradouro e grave; ineficácia de qualquer alternativa pacífica; fundadas possibilidades de sucesso; ausência de males maiores, tendo em conta a actual potência dos meios de destruição". No sexto mandamento, exorta-se os fiéis a evitar "adultério, masturbação, fornicação, pornografia, prostituição, violação e actos homossexuais".
Vale a pena consultá-lo como guia da orientação doutrinal e moral de quem deseje estar en comunhão com a Igreja.