O grupo norte-americano homofóbico "American Family Association" (algo como "associação da família americana"), pediu que o filme Toy Story 4 fosse boicotado, alegando que "dessensibiliza crianças" relativamente a relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo.
O filme conta com um momento querido, mas sutil, em que duas mães vão buscar os filhos num jardim de infância e que muitas pessoas nem sequer repararão ao ver o filme.
Monica Cole, líder do grupo, tentou defender o boicote, explicando a cena:
Mais tarde, as mães voltam para pegar o filho que lhes dá um abraço.
A cena é sutil para dessensibilizar as crianças. Mas é óbvio que a criança tem duas mães e elas têm responsabilidades parentais partilhadas.
Toy Story 4 é o último lugar onde os pais esperam que seus filhos sejam confrontados com conteúdo relacionado com orientação sexual.
Questões dessa natureza estão sendo introduzidas cedo demais e cedo demais. É extremamente comum, mas desnecessário.
A Disney decidiu, mais uma vez, ser politicamente correta em vez de oferecer entretenimento familiar.
A Disney deve-se cingir ao divertimento ao invés de forçar uma agenda e expor as crianças a tópicos controversos.
Também o grupo homofóbico "Focus on the Family" (algo como "foco na família") revela, na sua crítica de cinema, que além do casal lésbico (que lhes passou despercebido quando viram o filme na primeira vez) também há um boneco perdido que lamenta um relacionamento passado dizendo: "Você sabe sobre mim e o He-Man, não tenho orgulho nisso". O grupo também mostra preocupação pois "é fácil de ver" que há uma atração óbvia entre Xerife Woody (o herói) e Bo Peep (a sua musa), que "vai além da amizade (mas nada além de olhares profundos)" ... público difícil, este!
Aparentemente para estes grupos o fato da Disney terem ficado no último lugar em 2018 em termos de inclusão LGBT nos grandes estúdios de Hollywood, parece não ser suficiente...
