Na sua comunicação na yeshivá (escola religiosa judaica) de Kiseh Rahamim em Bnei Brak, Mazuz disse que uma marcha do orgulho LGBT+ é "uma marcha contra a natureza" e acrescentou: "Quando alguém vai contra a natureza, quem criou a natureza vinga-se".
Segundo o jornal Times of Israel o rabino Meir Mazuz disse também que os países árabes serão poupados do vírus porque "não têm essa inclinação do mal".
E não se esqueceu do Irão, onde quase 200 pessoas morreram com o vírus, explicando que, naturalmente, o país tem um surto devido ao "seu ódio a Israel".
O rabino, que é o ex-líder do partido homofóbico Yachad, também disse que Israel estaria protegido contra o coronavírus.
Obviamente que o rabino está mal informado em geral, mas os dados da distribuição do COVID-19 não estão de acordo com as suas ideias: há 39 casos confirmados em Israel, e números bem maiores em países de maioria muçulmana como os Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Malásia e Kuwait e até a peregrinação a Meca foi proibida este ano na Arábia Saudita.
O rabino foi fortemente criticado por grupos LGBT+ e organizações de direitos humanos, incluindo a Liga Anti-Difamação.
"É lamentável que em momentos como este, quando o mundo inteiro se reúna para erradicar o coronavírus, o rabino Mazuz ache apropriado culpar o surto do vírus na comunidade LGBT+", disse um representante do ramo israelita da Liga Anti-Difamação.