Uma vivenda em Vale de Sancho. Lousã, foi consumida pelas chamas no passado dia 14 de Abril, num incidente que é apontado pelas autoridades como sendo resultado de fogo posto.
Marco Ribeiro Cardoso e Rui Ribeiro Cardoso, pais de dois menores de 4 e 10 anos, e proprietários do imóvel, estão desde essa data a viver numa pensão, isto porque a companhia de seguros Lusitânia se recusa a fazer o pagamento de qualquer indemnização com base nas alegações das autoridades.
Marco e Rui não queriam acreditar quando a seguradora lhes pediu o contato telefónico do incendiário, levantando assim a alegação de que o casal saberia quem concretizou o incêndio.
Ambos não entendem as alegações da seguradora e por isso todos os dias estão no balcão da Lusitânia em Coimbra exigindo o pagamento das indemnizações correspondentes uma vez que a casa e o recheio da mesma estão, ou estavam, segurados pela referida companhia.
Marco e Rui Cardoso não se conformam com esta demora, estão a residir numa pensão com os seus filhos que foi subsidiada apenas na primeira semana pela Câmara Municipal da Lousã, mas depois disso os custos chegam aos 200 euros diários, uma vez que todas as acções domésticas como refeições e higiene com roupas, são feitos fora.
O casal diz que a companhia de seguros deve pagar aquilo a que têm direito e que está contratualizado para fazerem as obras necessárias e adquirir os bens levados pelo fogo e que, após a investigação da PJ, se conclua que o casal tenha algo a ver com o incidente lhes seja então exigida qualquer restituição.
A situação desta família prolonga-se por mais de três meses, mantendo em risco a qualidade de vida de dois menores e acrescentando despesas ao casal completamente desnecessárias e inesperadas pois estariam cobertas pelo seguro.