O facto de os dois pais trabalharem a tempo inteiro também não é determinante para o bem-estar da crianças, segundo os investigadores da universidade de Estocolmo que interrogaram 1300 miúdos entre os 10 e 18 anos. "É provável que as crianças andem menos bem durante o divórcio. Mas a termo, não encontrámos diferenças estatísticas entre as crianças que vivem com os dois pais, em famílias recompostas ou monoparentais", comentou a socióloga Viveca Oestberg. Investigações recentes mostraram que a saúde dos suecos mais pequenos estava a deteriorar-se. Um estudo de Oestberg mostrava que uma criança em cada três queixava-se de perturbações gástricas regulares e de insónias, um sobre quatro sofriam de nervosismo e stress e uma sobre seis de estados melancólicos. O seu último estudo parece provar a ideia de que o divórcio não é a raiz destes problemas. Segundo as conclusões, o bem-estar das criança depende mais da qualidade das suas relações com os adultos que compõem o lar que do facto de viverem com ambos os progenitores. O factor mais importante são o apoio e a capacidade de ouvir trazidas pela família da criança: 80 por cento dos miúdos interrogados julgavam beneficiar deste apoio em casa. "Foi surpreendente verificar até que ponto era importante para os adolescentes mais velhos, dos 16 aos 18 anos, ter alguém com quem conversar. É mais importante para eles do que para os mais jovens", reforça a socióloga.
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