Ao aceitar o princípio de que o casamento e união de facto entre casais gays e lésbicos, o TC sul-africano deu razão a um casal de lésbicas que haviam recorrido para o Tribunal de Apelação de Bloemfontein exigindo o direito de se casarem.
O Tribunal de Apelação havia passado um acórdão favorável a Marie Fourie e Cecília Bonthuis, aguardando agora pelo parecer do TC para que as queixosas possam na prática beneficiar da decisão.
Apesar da importância deste acórdão do TC - que coloca a África do Sul no mesmo patamar legal que países como a Holanda e a Bélgica, que garantem aos casais homossexuais os mesmos direitos de que gozam os heterossexuais - vários lobbies gays e lésbicos já declararam o seu desapontamento pelo facto de terem que esperar um ano até que a legislação que regulamenta o casamento e as uniões de facto seja alterada.
A lei comum, que define o casamento como «uma união entre um homem e uma mulher» tem que passar a referir que aquela instituição é «uma união entre duas pessoas».