O problema refere-se ao acetato de ciproterona, mais conhecido pela sua marca comercial Androcur, que é um anti-androgéneo tomado para inibir a produção de testosterona e é usado por intersexuais e transexuais femininas.
Uma alteração na política de saúde australiana obriga a que intersexuais e transexuais só possam tomar o Androcur se se inscreverem na lista dos potenciais agressores sexuais.
O problema resulta do governo só aprovar o uso do medicamento por duas razões: para tratamento do cancro da próstata e para agressores sexuais, visto que o anti-androgéneo reduz a líbido.
Segundo a delegação australiana da OII (Organisation Internationale des Intersexués), alguns intersexuais precisam da medicação. Por estes tratamentos não estarem reconhecidos para este diagnóstico, a única via para se aceder à medicação é registando-se como potencial agressor sexual na Therapeutic Goods Administration em Canberra. Esse registo também contém o nome de numerosas transexuais femininas que só assim ganham acesso ao anti-androgéneo por causa deste protocolo desapropriado. Isto é um ultraje contra aqueles que são diferentes!
De forma a conseguir a medicação, o médico deverá perguntar se a pessoa aceita entrar no registo dos agressores sexuais, e áqueles que se negarem pode ser rejeitado o acesso à medicação. Depois, o médico deverá enviar a informação para a Therapeutic Goods Administration para aprovação.