Na altura dos acontecimentos, Outubro de 2007, Blatt trabalhava para a Manpower Inc. que tinha um escritório em Pottsville.
A Manpower colocou-a na Sapa Industrial Extrusions, fabricante de produtos de alumínio em Cressona, onde ganhava $10/hora como operária fabril, tendo exercido funções durante um mês antes de um supervisor a ter informado que não estava fisicamente bem para continuar a trabalhar e que já não necessitavam dos seus serviços.
Depois de ter sido despedida, dirigiu-se pessoalmente aos escritórios da Manpower em Pottsville numa tentativa de retomar o emprego. Foi então alegadamente informada por Irene Kudziela, a gestora da sucursal da Manpower, que teria de apresentar uma carta do cirurgião atestando ter feito a CRS juntamente com uma foto da sua área genital para poder regressar à Sapa.
Blatt, de 28 anos, considerou o pedido como repugnante e nojento e declinou cumpri-lo. Afirmou ter visto o pedido como uma forma de assédio sexual. "Senti-me chocada e enojada", afirmou, "Senti-me reduzida a um mero objecto sexual. Eu queria trabalhar lá de uma forma digna e privada, mas a minha dignidade e privacidade estavam a ser constantemente violadas".
Tanto Kudziela da Manpower, como Frank Koller dos recursos humanos da Sapa declinaram qualquer comentário.
Blatt apresentou queixas contra a Sapa e a Manpower na Pennsylvania Human Relations Commission alegando um despedimento injustificado baseado no sexo e deficiência. Afirma que a sua deficiência é a disforia de género. Os processos continuam em investigação.
No rescaldo do incidente, Blatt afirma que lhe foram negadas futuras oportunidades de emprego, tanto na Sapa como na Manpower, encontrando-se presentemente desempregada, mas desejando regressar à Sapa.