Erin Vaught deslocou-se ao Ball Memorial Hospital em Muncie, Indiana, a 18 de Julho com a sua mulher e filho, de acordo com o Chicago Tribune. Quando lhe pediram os dados pessoais para registo hospitalar, dois funcionários inseriram o seu género como masculino, apesar de toda a sua identificação legal ser feminina.
Vaught fez notar que os seus documentos a identificam como mulher, ao que um dos funcionários sorriu sarcasticamente enquanto o outro demonstrava uma face chateada. Quando foi encaminhada para a sala de observações, o pessoal hospitalar referiu-se a ela como "he-she", "it" (aquilo) e "travesti".
Quando se dirigiu a um WC, enfermeiras foram ter com a sua mulher perguntando-lhe o que era "aquilo", e quando a mulher demonstrou o seu desagrado pela forma de designar Vaught, elas retorquiram que enquanto não soubessem se era homem ou mulher, continuariam a tratá-la como "aquilo".
Duas horas passaram antes que aparecesse um médico, que quando chegou disse não poder tratá-la por ser transexual. Segundo Erin, a médica afirmou que "não sabemos como tratar alguém na sua condição", ao que ela questionou, "qual é a minha condição? É precisamente isso que estou aqui para saber", ao que a médica respondeu "não, não é essa condição. É isso do travestismo".
Vivian Benge, presidente da Indiana Transgender Rights Advocacy Alliance, comentou que "a ironia aqui é que gastamos imenso tempo a ensinar os alunos da Ball State University sobre assuntos transgénero, e no entanto, temos o Ball Memorial Hospital a tratar as pessoas transexuais e transgénero assim. É muito triste".
Will Henderson, porta-voz do Ball Memorial afirmou que as autoridades hospitalares estão a investigar o assunto.
Grupos de defensores dos direitos trans apresentaram queixas contra o hospital, afirmando que Erin Vaught foi tratada de forma inumana, desumanizada e desrespeitosa. Até agora sem qualquer resposta.