A Santa Sé critica também publicações católicas, afirmando que elas deveriam ser mais enérgicas e precisas na promoção dos valores católicos de defesa da vida humana e que não devem apresentar opiniões diferentes desses valores em nome do pluralismo. Estas directrizes do Vaticano vêm expostas no documento intitulado «Nota Doutrinal sobre Algumas Questões Relativas à Participação dos Católicos na Vida Política». No comunicado de 17 páginas, que assinala os valores tradicionais da Igreja Católica, o Vaticano afirma que os católicos não podem declarar-se autónomos em relação aos ensinamentos da Igreja e que não podem apoiar certas leis sob o pretexto da tolerância, do pluralismo ou da liberdade de escolha. «A democracia precisa de ser baseada numa fundação verdadeira e sólida de princípios étnicos inegociáveis», diz o documento. O comunicado defende também a aprovação de leis para a protecção da família, que deve ser baseada, segundo a Igreja Católica, num «casamento monogâmico entre homem e mulher». «De modo algum outras formas de coabitação podem ser colocadas no mesmo nível do casamento, e nem podem receber reconhecimento legal como tal», acrescenta o documento.