Sentado em frente a 9 ativistas LGBT, Obama assinou a ordem mas não sem antes falar contra a falta de proteção contra a discriminação que as pessoas LGBT sofrem. “Não faz sentido, mas hoje na America, milhões de cidadãos acordam e vão trabalhar com a consciência de que poderiam perder o seu emprego, mas não por causa do seu desempenho, mas simplesmente por causa de quem são - lésbicas, gays, bissexuais, transgénero – e isso é errado. Estamos aqui para fazer o que pudermos para corrigir, para fazer com que o arco da justiça passe só um bocadinho para o outro lado.”
São duas as consequências desta ordem executiva assinada dia 21 de Julho. A primeira é a proibição da discriminação entre as empresas que tenham um lucro superior a USD 10000 (cerca de 7500 EUR) por ano ou mais que tenham algum tipo de contrato com o governo dos Estados Unidos. Para além disso, proíbe a discriminação contra os trabalhadores federais que são transgéneros.
Esta medida era algo pelo qual os ativistas LGBT já pediam há anos, tendo inclusivamente a Casa Branca vindo a ser questionada desde 2011 porque é que essa ordem, prometida na campanha de 2008 ainda não havia entrado em vigor.
O presidente afirmou “Muitos de vocês trabalharam para que este dia chegasse. Organizaram-se, ergueram a voz, assinaram petições, enviaram cartas – sei isso porque conheço muitos de vocês. Obrigada pela vossa paixão e pelo vosso ativismo e pela inegável retidão da vossa causa, o nosso governo – o governo do povo pele povo e para o povo – vai-se tornar um pouco mais justo.”
Os nove representantes que estavam junto do presidente eram a governadora de Virgínia Terry McAuliffe, Secretário do Trabalho Chris Lu, o diretor do Departamento de Conformidade dos Contratos Federais Pat Shiu, Reverendo Delman Coates, Diretor do Centro de Ação Religioso do Judaismo Reformista o Rabi David Saperstein assim como os ativistas LGBT Kylar Broadus, Michael Carney, Anne Vonhof e Faith Cheltenham. O Presidente conclui dizendo “Temos a obrigação de fazer com que o país que amamos continue a ser um país em que não importa quem somos, o nosso aspeto físico, de onde viemos, como começamos, qual é o nosso apelido, ou quem amamos – nada disso interessa, todos podemos ter sucesso aqui. Esta é a história da América.”