Este movimento cívico tem como objectivo sensibilizar a população em geral, e o Estado Português em particular, em prol da alteração da lei para a igualdade no acesso ao casamento civil por pessoas do mesmo sexo com a recolha de assinaturas de individualidades do nosso país. Sem grandes pretensões o objectivo inicial era conseguir cerca de 500 assinaturas recolhidas directamente. Obtiveram-se mil subscritores desde juristas a fotógrafos, de realizadores a sexólogos, de arquitectos a jornalistas, de políticos de esquerda á direita. Foram efectivamente muitas e muitos, aqueles que se reconheceram no texto de fundação do movimento.
Isabel Moreira, Ana Zanatti, Daniel Sampaio e Pedro Marques Lopes, recebidos por Sónia Duarte, manifestaram os seus porquês de fazerem parte deste movimento, e da importância de que este movimento aconteça. O texto de fundação do movimento foi lido por Fernanda Lapa no início da sessão.
Esta iniciativa pretende-se continuada e foi criado um site oficial em www.igualdade.net e foram abertas as subscrições on-line e entre as 16:00 e o final do dia já havia recolhido perto de 500 assinaturas adicionais.
Depois da apresentação oficial, houve num plenário onde era pretendido conhecer os caminhos para o futuro do MPI. Alguém terá convidado alguns jornalistas pessoalmente a abandonarem a sala mas não percebemos as razões deste convite e a regra que levou a excluir alguns profissionais sobre outros.
Muitas foram as intervenções no sentido de alargar este movimento, e trazer a ele mais subscritores. Entre as intervenções dois partidos políticos oficialmente presentes na sala, JS e Os Verdes, reforçaram a ideia que se deve fazer o que estiver ao alcance de cada um para engrossar o número de subscritores, e a importância de pedir responsabilidades aos órgãos de soberania e autarquias como garantes da igualdade no tratamento de todas e todos os cidadãos. Nesta linha também foram referidas por outros participantes, incluindo membros da rede ex aequo e da associação Não Te Prives, a necessidade de descentralizar o movimento e de ter acções específicas em diversos pontos do país. Foram sugeridas acções concretas no Porto, Coimbra e Viana do Castela. A participação do MPI nas marchas do orgulho LGBT no Porto (11 de Julho) e em Lisboa (20 de Junho) também foram sugeridas.
A importância da Internet como forma de unir redes de interesses comuns com base em profissões e localização geográfica também foi sugerida, assim como uma dinâmica em termos de vídeos promocionais.
Diversos representantes da Associação ILGA Portugal se por um lado concordaram na importância de divulgar no site oficial textos de diversas pessoas sobre o assunto apresentaram as suas dúvidas sobre estas acções em nome do movimento, preferindo a ideia de acções a favor do MPI.
No entanto houve diversas intervenções de sentido contrário referindo que se o MPI não tem acções então não seria, realmente, um movimento mas apenas um manifesto.
Tendo em conta o adiantado da hora foi decidido que a comissão executiva iria compilar as múltiplas sugestões e organizar uma ou mais sessões para esclarecer as formas de acção futura sendo que foi consensual que qualquer tipo de acção focada no alargamento dos subscritores era bem vinda.
As pessoas interessadas podem efectuar a sua subscrição online em www.petitiononline.com/mpi .
[Nota PortugalGay.pt: embora tenham sido aqui referidos os membros de diversas associações LGBT, na prática o tempo de intervenção foi utilizado de forma mais ou menos equitativa entre estes e outros ilustres anónimos (do nosso ponto de vista) durante o plenário.]