Isto aconteceu porque a Congregação Islâmica se manifestou contra o evento, alegando que o mesmo não estava de acordo com os seus preceitos religiosos. A policia terá entrado no recinto forçando as pessoas a dispersar, fala-se que para isso terão feito disparos de advertência, e detido cerca de 600 participantes.
Ao jornal The Jakarta Post, Askar Mampo, membro da organização disse que a policia alegou que não havia autorização para o desfile. Mas segundo Mampo, a organização obteve autorização no passado dia 4 de janeiro, por parte da própria policia.
Várias foram as organizações que condenaram a ação da polícia. A Indonesian Legal Aid Institute Foundation disse:
A policia é suposto garantir os direitos humanos, não privar os direitos da comunidade, neste caso das pessoas trans e Bissu [género neutro].
Por sua vez a Comissão Nacional de Violência contra as Mulheres disse que as ações da policia eram inconstitucionais e que não há nada de ilegal em participar em atividades trans:
A ação da polícia sobre estes eventos não é apenas uma ameaça para a comunidade trans, mas uma ameaça à democracia Indonésia
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O presidente Indonésio, Joko Widodo, disse no passado mês de Outubro que as pessoas LGBTI devem ser mais apoiadas, por isso mesmo a associação GAYa Nusantara, pediu ao presidente para ser consistente com as suas afirmações.
A Human Rights Watch acusa a policia indonésia de estar a ajudar entidades islâmicas a cumprir a sua agenda anti-LGBTI. Um porta-voz da Human Rights Watch disse que este “é o mais recente incidente em que a polícia indonésia colaborou abertamente com militantes islâmicos para interromper ilegalmente eventos relacionados com as pessoas LGBTI e assediar e/ou intimidar essas pessoas”.
Referiram ainda que o presidente Joko deve cumprir o seu compromisso de defender os direitos das pessoas LGBTI, deixando claro que a polícia está obrigada a defender e proteger os direitos de todos os indonésios incluindo os das pessoas LGBTI, ao invés de "conspirar com os opressores", adiantou a Human Rights Watch.