A marcha do orgulho LGBT+ de Birmingham acontece já este fim de semana e terá a presença de Andrew Moffat, o criador de um programa escolar de relações inclusivas LGBT+, que tem gerado protestos e de um debate nacional no Reino Unido.

E Birmingham tem estado no centro da polémica com centenas de pais a retirarem os seus filhos da Escola Comunitária Parkfield. Eles argumentam que ensinar as crianças sobre casais LGBT+ vai contra as suas crenças religiosas. E mostraram o seu descontentamento com manifestações ruidosas em frente a vários escolas este ano. Tudo porque a escola passaram a incluir livros com dois pais e duas mães, como resultado da Equality Act 2010 que promove a igualdade em termos de deficiência, género, origem étnica, religião e orientação sexual. Os protestos têm sido liderados por ativistas conservadores Muçulmanos, Cristãos e Judeus de Birmingham, Londres e Manchester.

A marcha de Birmingham terá também a participação de LGBT+ muçulmanos na linha da frente como relata o I Am Birmingham.

Como uma mulher muçulmana gay, a visibilidade para mim é mais importante do que nunca Saima Razzaq

Razzaq é co-fundadora da ação Educação de Apoio à Igualdade e à Diversidade nas Escolas (SEEDS em inglês) e que surgiu como resposta aos protestos. Ela explicou que o preconceito dos pais religiosos vai ter "um impacto devastador sobre as crianças de todas as comunidades".

Eu não quero que ninguém cresça com vergonha. Eu não quero que ninguém seja forçado a escolher entre a sua comunidade, a sua fé ou a sua família para simplesmente serem quem são Saima Razzaq

O grupo SEEDS será acompanho pelos grupos LGBT+ Imaan, de muçulmanos e Unmuted de pessoas de cor. O Birmingham Pride, com dois dias de eventos LGBT+, é considerado um dos mais importantes eventos do tipo no Reino Unido sendo realizado desde 1972.