Jean Wyllys recebeu ameaças de morte e mensagens homofóbicas através das redes sociais.
Desde o anúncio da apresentação do projecto de igualdade de casamento, Wyllys não pára de receber ameaças incluindo da Grã-Bretanha, os Estados Unidos e outros países.
Frases como "em nome de Deus você merece morrer", "não saia de casa seu veado nojento" e "não preciso nem ter o trabalho de te matar, pois todo veado morre de SIDA" apareceram no seu Twitter.
Jean diz que não pediu proteção policial por querer crer que "cão que ladra não morde". No entanto admite que prefere ter cautela. "Não posso mentir, estou mais atento sim quando saio na rua", disse.
Segundo Jean Wyllys as ameaças vêm de sites fundamentalistas católicos e evangélicos.
O presidente da FALGBT (federação argentina de associações LGBT), Esteban Siqueira, disse que "essas atitudes violentas de fundamentalismo católico e evangélico" tornam cada vez mais necessário aprovar uma legislação para combater a discriminação baseada na orientação sexual e identidade de género. Concluindo que "não é possível, sob protecção da liberdade religiosa, que esses grupos violem as liberdades civis e promovam o ódio contra gays, lésbicas, bissexuais e transgéneros ".
Siqueira conclui que "desejamos que o Brasil será o próximo país da região em que promovem o reconhecimento pleno dos direitos de casamento para casais do mesmo sexo e garanam a igualdade perante a lei para todos os cidadãos. Os governos dos nossos países precisam entender, como a Argentina já entendeu, que a exclusão dos casais do mesmo sexo o direito de casar é uma grave violação dos direitos humanos".