Onda anti-LGBT
Um projeto de lei foi apresentado que pretende proibir o sexual consensual entre adultos no país e deve ser apresentada no parlamento em Março. A pena prevista é de cinco anos de prisão. Neste momento o sexo entre homens já é proíbido na província de Aceh que está sobre a lei Shariah. E no ano passado dois homens de 20 e 23 anos foram alvo de 83 vergastadas em público junto a uma mesquita de Banda Aceh como punição.
Entretanto no início deste mês um deputado, Muslim Ayub, disse à Câmara dos Deputados que as pessoas LGBT deveriam ser mortas ou presas para a vida, e que as pessoas que "promovam os comportamentos LGBT" também devem ser punidas.
E no mês passado, a polícia indonésia prendeu 12 mulheres transgéneras em Aceh. As mulheres foram forçadas a rapar o cabelo e foram espancadas num esforço "para transformá-las em homens". A rusga das autoridades foi chamada "operasi penyakit masyarakat", que se traduz como "operação de doença comunitária".
Também no mês passado, os aplicativos de encontros gay foram retirados da Google Play Store na Indonésia.
Nova ação repressiva
Agora soube-se que foi criada uma nova equipa especial da polícia por Muhammad Idris, presidente da câmara de Depok na Java ocidental com quase 2 milhões de habitantes. Muhammad Idris tem um doutoramento na Arábia Saudita em estudos da Sharia na Imam Muhammad ibn Saud Islamic University de Riyadh onde estudou durante 15 anos. Segundo Muhammad Idris, a sua força incluirá polícias, 200 membros de organizações comunitárias e líderes religiosos de 63 aldeias do seu município.
Este é o nosso esforço para evitar os LGBT porque muitos telefonemas chegam ao serviço social solicitando ajudar a resolver a doença LGBT.
A campanha de rejeição de LGBT será conduzida por esta equipe integrada Muhammad Idris
A equipa irá "treinar" as pessoas LGBT. O mesmo tipo de discurso foi usado pelas autoridades quando as 12 mulheres trans foram detidas e agredidas há apenas três semanas.
O chefe da polícia da Regência do Norte de Aceh, Ahmad Untung Surianata, disse no momento que as mulheres faziam parte de uma "doença social" e seriam treinadas "até que se tornem homens".