Francisco Pessegueiro, responsável pelo projecto de arquitectura e um dos promotores da obra, refere que da estrutura existente do edifício inacabado ficará apenas uma parte, a restante será demolida ou refeita. O pedido de licenciamento deve acontecer em 2007.
As obras do imóvel pararam há anos, ainda durante a gestão socialista na Câmara do Porto, por falta de liquidez dos promotores. O piso térreo, onde foi encontrada morta a transexual brasileira, estava acessível ao público e funcionava aí um parque de estacionamento, gerido pela autarquia, que entretanto foi encerrado.
O local encontra-se agora fechado e vigiado por serviços de segurança, "porque houve pessoas que ocuparam algumas zonas do edifício", refere Francisco Pessegueiro. "A todo o momento é para começar a obra" no prédio, que terá uma praceta interior, sublinha o arquitecto.
Em Fevereiro, um grupo de treze menores de dois lares de acolhimento do Porto maltrataram a transsexual que se abrigava no prédio e lançaram-na, depois, a um fosso, no piso térreo, onde morreu afogada. Na altura, o vereador de Urbanismo, Lino Ferreira, disse que não foi por falta de condições de segurança do local que a morte do sem-abrigo ocorreu. E mostrou-se empenhado em encontrar uma solução para fazer avançar a obra.