Dalia Grybauskaite, que tomou posse no Domingo, disse que a medida estava escrita de forma incorrecta e iria propor correcções até final do ano.
"Estou muito preocupada com o facto de este tipo de leis ser possível na Lituânia", afirmou numa conferência de imprensa conjunta com o Primeiro Ministro Sueco Fredrik Reinfeld em Estocolmo.
A lei aprovada proíbe material que seja considerado perigoso para a saúde mental das crianças e para o seu "desenvolvimento moral ou intelectual".
A lei apresenta uma lista de 19 exemplos de informação "perigosa", incluindo material que "promova relações homossexuais, bissexuais, ou não monogâmicas", instruções de como fazer explosivos e representações gráficas de violência ou morte.
O parlamento revogou o veto da anterior presidente, o que significa que Grybauskaite irá ter de promulgar a nova lei.
"Mas eu tenho uma ferramenta," afirmou. "Essa ferramenta é a possibilidade de propor uma emenda à lei". Não tendo, no entanto, indicado mais detalhes de que forma exacta iria alterar a lei, mas afirmou que os "direitos humanos de toda a sociedade" serão importantes durante a sua presidência.
Ainda segundo a Presidente, a lei vai ser de difícil aplicação, que deverá começar em Março, porque "é imprecisa e pode levar a variadas interpretações".
Na mesma ocasião, Reinfeldt, indicou que apresentou a sua preocupação com a nova legislação à Presidente da Lituânia durante a sua reunião: "Claro que estou preocupado com os sinais que vão contra a nossa defesa de direitos humanos", afirmou. "Isto transmite sinais do tipo que alguém está de alguma forma a tentar representar a homossexualidade como algo de estranho - e isso não deveria ser feito numa sociedade moderna".