Alguns dos indivíduos erradamente considerados seronegativos no início do estudo vieram a revelar-se seropositivos mais tarde e alguns classificados como circuncisados afinal não o eram (e vice-versa). A correcção destes erros levou a um incremento na associação entre a redução do risco de VIH e a circuncisão.
De acordo com o Dr. Anthony S. Fauci, director do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas (NIAID), uma vez que a validade dos ensaios clínicos depende do acompanhamento de grupos randomizados de doentes e não de indivíduos escolhidos, a conclusão final do estudo será de que a circuncisão reduz para metade o risco de infecção. O NIAID financiou este ensaio. Mas, sim, os 65 por cento fazem-me sentir melhor, afirma Fauci. Trata-se de uma intervenção de carácter permanente que se faz uma vez na vida e que é segura quando executada sob condições médicas apropriadas. Se tivéssemos uma vacina com estas características não se falava noutra coisa.
O Plano Presidencial Norte-Americano de Emergência para a Luta contra a SIDA e a Organização Mundial de Saúde estão a considerar as melhores formas de equipar e treinar as equipas cirúrgicas necessárias à realização da circuncisão em países de alto risco, afirma Fauci.
Os estudos, "Male Circumcision for HIV Prevention in Young Men in Kisumu, Kenya: A Randomised Controlled Trial," e "Male Circumcision for HIV Prevention in Men in Rakai, Uganda: A Randomised Trial," foram publicados na revista Lancet (2007;369(9562):643-656 and 657-666).