Atualmente o registo é opcional, mas ativistas temem que o registo venha a ser obrigatório e isso leve a descriminar as pessoas VIH+
Problemas
Os ativistas apontam para que menos de metade das pessoas infetadas com o VIH recebem tratamento e denunciam que a maior parte do orçamento Russo para o VIH é gasto no tratamento, e que mais devia ser investido na prevenção: como educação sexual e distribuição de preservativos.
A posição oficial
Segundo o Ministério da Saúde Russo este registo pretende apenas realizar os recursos necessários para o tratamento em função do número de infetados. Acredita o Ministério que desta forma será mais fácil garantir a disponibilidade de medicamentos. Dados oficiais dizem que já foram registados 824 mil pessoas dos 850 mil totais conhecidos.
O governo defende que o acesso fácil aos preservativos é que terá feito aumentar o número de infetados pois promove a "promiscuidade". O Instituto Russo de Pesquisa Estratégica, defendem que os modelos ocidentais de luta contra o VIH prestam muita atenção aos grupos de risco, como toxicodependentes e pessoas LGBT, e que esse modelo não funcionará na Rússia porque as características culturais, históricas e psicológicas da população são diferentes.
Leis repressivas com maus resultados
Mas os números indicam que o Instituto poderá estar a ver mal a questão. A vizinha Ucrânia tomou medidas de prevenção relativamente a toxicodependentes e viu resultados, o mesmo aconteceu em países que tinham políticas mais agressivas com os toxicodependentes como a China e Irão. Por outro lado na Rússia desde que foi implementada a política de repressão de LGBTs as taxas de infeção anual entre homens que tem sexo com homens aumentaram para o dobro. E para piorar o cenário vários especialistas na área indicam que há pouco dinheiro investido no tratamento e prevenção do VIH/Sida em geral na Rússia, e essa falta de financiamento tem consequências visíveis.
Um futuro pouco promissor
Em janeiro de 2016 o número de pessoas diagnosticadas com o VIH/Sida na Rússia ultrapassou o 1 milhão. Mas os especialistas indicam um número real de pessoas infectadas que pode chegar a 1.5 milhões o que num país com cerca de 150 milhões de habitantes indica uma prevalência muito preocupante que as autoridades parecem incapazes de reduzir.