No início era a proibição total de que estas uniões fossem realizadas nas igrejas, por isso este passo é uma inversão ao antes apresentado. A ideia é que se definam regras e que as diferentes confissões possam realizar casamentos entre pessoas do mesmo sexo se assim o desejarem. O enquadramento legal será apresentado ao Parlamento no próximo mês.
David Cameron não quer ver as pessoas homossexuais excluídas destas grandes instituições. Para ele está cem por cento claro que a lei passando no Parlamento a terá clausulas de salvaguarda, mantendo a liberdade religiosa de poder ou não realizar estas cerimónias.
Claro também quis deixar que será uma votação sem disciplina de voto, pelo que os deputados votarão segundo a sua consciência.
Os opositores a esta medida não acreditam nas intenções do governo: segundo eles nenhuma salvaguarda na lei será capaz de os proteger num desafio legal junto do tribunal europeu dos direitos humanos.
Por outro lado, Jonathan Romain, rabino líder do Movimento para a Reforma do Judaismo, diz que esta mudança de rumo não só é bem-vinda como essencial para a integridade religiosa, e acrescenta não posso
conceber um Deus que cria os homossexuais, mas depois nega-lhes o direito a procurar satisfação conjugal dentro de um contexto religioso.
A igreja Inglesa e a Igreja Católica Romana tem exercido o seu peso por trás da campanha contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Mas os Quakers (ou Amigos) e os Unitários, assim como ambos os ramos liberais e reformistas do judaísmo, apoiam o casamento religioso para gays e lésbicas.
David Cameron declarou que vai apoiar pessoalmente o diploma perante o voto livre do parlamento.