Foi na passada terça-feira que o Arcebispo Desmond Tutu, prémio Nobel da Paz, apontou a lei que o governo de Uganda pretende aprovar, e apontada pelos defensores como um presente de Natal para o povo Ugandês, como sendo uma lei perigosa.
O projecto de lei anti-homossexualidade numa primeira visão pretende encarcerar os infractores, mas uma segunda versão prevê a pena de morte para pessoas LGBT.
Tutu disse desde o Quénia, onde decorria a Conferência Africana de Igrejas, que é contra a discriminação, quando é uma discriminação injusta, espero poder convencer os legisladores de Uganda a abandonar esta proposta de lei, porque a acho totalmente injusta.
O líder anti-apartheid e acérrimo defensor dos direitos LGBT em África, exorta também as igrejas a não pregarem contra as minorias.
"Meus irmãos e irmãs, que estão com pessoas que estão oprimidas por causa da sua cor de pele, se você vai ser fiel ao Senhor que você adora, você também vai estar lá para as pessoas que estão a ser
oprimidas por algo que eles não podem fazer nada sobre a sua orientação sexual."
E acrescentou que as pessoas não escolhem a sua orientação sexual e, seria de louco expor-se a tanto ódio, a ponto de poder ser morto.