O estudo foi publicado na JAMA Pediatrics e indica que a estratégia de prevenção do HIV, recorrendo a uma dose diária da droga Truvada, "pode reduzir com segurança o risco para menores de 18 anos", concluiu o Dr. Bill Kapogiannis, do U.S. National Institute of Child Health Development.
O estudo recrutou 78 homens e mulheres homossexuais e bissexuais de 15 a 17 anos de seis cidades dos EUA. Cerca de 30% eram afro-americanos, 21% eram hispânicos e 14% eram brancos. Os adolescentes, que eram VIH-negativos quando começaram a PrEP, foram considerados de alto risco de infecção.
No final do estudo de 48 semanas, três participantes mostraram ser positivos para o VIH. No entanto, análises sanguíneas concluíram que esses participantes tomaram o medicamento menos de duas vezes por semana - muito menos do que as doses diárias fornecidas e recomendadas.
A adesão foi um problema para os participantes do estudo em geral. Na semana 48, apenas 22 por cento tinham níveis elevados de Truvada no corpo para efetivamente prevenir a infecção pelo VIH. Os participantes classificaram o estigma - medo que outros acreditem que a medicação indica um estatuto serológico positivo - como a principal razão para a não adesão.
Neste momento o PrEP não está disponíveis para jovens no EUA pois tal situação não foi aprovado pela FDA, embora já esteja aprovado para adultos desde 2012.
Segundo o Centers for Disease Control and Prevention, nos EUA jovens entre os 13 e 24 anos representam mais de um em cada cinco novos diagnósticos, e mais de 80% são homens que têm sexo com outros homens.