Agilizar o processo e proteger o menor são as linhas mestras das diversas propostas de lei que ontem estiveram em debate na Assembleia da República. Não fosse um pequeno grande senão e o debate teria decorrido pacificamente. Mas este aqueceu perante a proposta «pseudo vanguardista» do BE ao defender a adopção por parte de casais homossexuais. Consciente do «alvoroço» que iria criar, a deputada Joana Amaral Dias chamou a atenção para o facto de «um conjunto de estudos realizados em diversos países demonstrar que não há diferenças significativas de desenvolvimento social e psíquico entre crianças em famílias homossexuais e as outras.» «Não é verdade, não é verdade», fizeram logo saber alguns elementos das bancadas do PSD e do CDS-PP. Teresa Morais, do PSD, foi mais longe: «não me parece que o ideal não seja a adopção triangular pai, mãe e filho». E lembra que alguns especialistas defendem a diferenciação de sexos dos pais adoptivos. Joana Amaral Dias contrapõe, informando que em França, sete por cento dos gays e 11 por cento das lésbicas têm filhos a seu cargo.[Actualização: 21:00 - Como seria de esperar as propostas do BE não foram aprovadas e os casais do mesmo sexo ficam sem possibilidade de adopção]
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