Já passaram 25 anos desde que se formou a associação Abraço em resposta às consequências da infecção pelo VIH/SIDA. Os objetivos inciais da associação foram melhorar as condições hospitalares e apoiar, a nível psicológico, social e material, pessoas infetadas pelo VIH/SIDA e as suas famílias, no Hospital Egas Moniz, em Lisboa.
Nestas duas décadas e meia, a Abraço tornou-se uma voz contra o VIH/SIDA a nível nacional e não só. A Abraço faz parte da Rede de Rastreio onde qualquer pessoa pode fazer teste rápidos do VIH, Sífilis, Hepatite A, B e C, Gonorreia e Clamídia. Também tem um conjunto de serviços de acompanhamento social e clínico em Lisboa, Porto e Funchal. E a associação tem presença garantida em múltiplos eventos festivos onde promove a informação sobre prevenção de DSTs.
E a associação já anunciou os planos para o futuro próximo que incluem uma creche e um serviço de rastreio em casa, entre outros.
A Gala
A associação tem como tradição assinalar o dia 1 de Dezembro com uma grande gala com foco na arte do transformismo, mas aberta a todo o tipo de manifestações artísticas. E a edição deste ano manteve a tradição, e a eleição pelo público da melhor actuação da noite, e pelo júri da melhor imagem.
Mais de duas dezenas de atuações animaram as 700 pessoas no Teatro São Luiz com apresentação de Inês Castel-Branco e Diogo Faro.
A noite começou com "Paradise" de Diana Ross interpretada por Grace Panter.
Seguiram-se as atuações a concurso incluindo: Kiki Milano, Daphné Claire, Norma Swan, Cher No-Billz, Vitória Village, Jennifer Close, Clara Luz, Symone de La Dragma, Roxy Vieira, Naomy e Alejandro, Big Mamma, Lilly Prozac, Sanmyra Symmer, Ashley Fox, Swayze & Sallez e Laysa Star.
O júri decidiu atribui o "prémio imagem" a Laysa Star que arrasou com o seu vestido de espelhos.
As atuações motivaram de formas variadas o público na sala, sendo de realçar os número de Naomy e Alejandro com a sua coreografia exuberante, e Cher No-Billz com testemunhos em vídeo de apoiantes. Mas no final a grande vencedora do público foi Big Mamma com o seu número cómico diretamente da cidade do Porto.
A fechar a primeira parte a atuação de Linda Xennon recordando Dina, e o fecho da gala com as atuações de Suelly Cadillac, Sissi Imperatrice, Wanda Morelly (com Big Mamma), Elsa Martinelli e, finalmente, o grand finalle do grupo Finalmente.
Além do transformismo
Além dos transformistas, outros artistas emocionaram o público: o Fadista Paulo Bragança no seu estilo inconfundível, o ator José Raposo num monólogo de homenagem a Valentim de Barros, vítima da homofobia de estado em Portugal no tempo do Estado Novo, a irreverência coreógrafa de Cisnógrafo e a homenagem sentida de Diogo Piçarra a Zé Pedro dos Chutos.
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