A pesquisa é inédita e revela, por exemplo, dados sobre o comportamento sexual do brasileiro e sua opinião em relação aos direitos homossexuais. Um dado que merece destaque é a discriminação na escola ou no trabalho.
Segundo a pesquisa, 82% dos entrevistados declaram que a convivência com homossexuais na escola, no trabalho ou família não traz problemas de relacionamento. Sobre a percepção da discriminação contra homossexuais na sociedade brasileira, 65% dos entrevistados declararam que os homossexuais são muito discriminados. O curioso é que 63% deles declararam jamais ter presenciado alguma situação em que alguém, por ser homossexual, sofreu algum tipo de discriminação.
Já para 92% dos entrevistados o direito de uma pessoa ser homossexual deve ser respeitado. Entre as religiões, os judeus, agnósticos, ecumênicos, budistas e espíritas concordam em 100% com o respeito a esse direito, os kardecistas em 99%, os umbandistas em 97% e os católicos em 95%. Novamente, os que menos concordam são os evangélicos, com apenas 79% de aprovação.
Sobre a união civil entre pessoas do mesmo sexo, 30% apóiam esse tipo de união, 30% são contra, 37% são indiferentes e 3% não opinaram. Já a adoção de crianças por homossexuais é aprovada por 48% dos entrevistados.
Confira abaixo outros dados da pesquisa:
- Representação dos homossexuais nos programas humorísticos: Para 42% a maneira como os homossexuais são representados nos programas humorísticos não é discriminatória. Outros 33% consideram que sim, que é discriminatória a maneira como são representados, enquanto para outros 22% às vezes é discriminatória a maneira como os homossexuais são representados nos programas humorísticos de televisão.
- Criminalização da Homofobia: Para 54% a discriminação contra homossexuais deve ser considerada crime assim como o racismo. Essa posição é idêntica para homens (54%) e mulheres (55%) e, novamente, decresce com a idade, sendo aprovada por 63% dos 16-17 anos e reprovada por 67% dos que têm mais de 70 anos de idade.
- Freqüência de relações sexuais: Sobre a freqüência com que mantém relações sexuais, 42% declaram ter relações sexuais até 3 vezes por semana, 17% não mantêm relações sexuais com freqüência regular, 13% mantêm relações sexuais 1 vez por semana, 6% todo dia, 3% uma vez por mês. Neste quesito, notam-se desequilíbrios entre os sexos: 49% dos homens declaram fazer sexo até 3 vezes por semana contra 36% das mulheres; 7% dos homens fariam sexo todo dia contra 6% das mulheres.
- Uso de preservativo: 43% declararam que costumam se proteger usando preservativos em suas relações sexuais enquanto outros 39% declararam não usar. São 48% os homens que se protegem contra apenas 38% das mulheres. Os que mais se protegem são os que têm entre 18 e 24 anos e os que menos se protegem os mais idosos (60 a 69 anos: 14%) e mais de 70 anos (8%). Os mais pobres são os que mais se protegem (48%) e os que ganham entre 10 e 20 salários os que menos se protegem: 35%. O uso da camisinha cresce com a escolaridade: 26% dos analfabetos a usam contra 45% dos que têm curso superior.