O ponto de encontro estava marcado para as 15:00 na Praça da República, mas pouco antes das 14:30 já a massa humana era significativa, com sorrisos no rosto e boa disposição procurava-se as sombras ou algum sol para trabalhar o bronze.
Surgiu depois o bandeirão, e algumas faixas reivindicativas de associações, e também aquela que abria a Marcha deste ano onde se lia “Resistindo à Opressão, País a País, Cidade a Cidade, Ilha a Ilha, Família a Família, Cama a Cama”, numa alusão ao histórico projeto SAAL, Serviço de Apoio Ambulatório Local, um projeto arquitetónico e político colaborativo criado poucos meses depois do 25 de Abril de 1974.
Quatro da tarde dá-se ordem de marcha com um número bem superior de pessoas do que qualquer outra edição desta Marcha do Orgulho. Nas ruas o apoio também vinha de fora quer de carros, quer de pessoas no passeios e até de varandas. Mas houve também quem não ficasse muito bem com o que via, e junto de crianças verbalizasse de forma discreta palavras de desconforto e homofobia, mas sem nunca se dirigir directamente aos manifestantes.
Como já é tradição o manifesto foi lido na zona do Via Catarina, mas este ano a marcha ocupava não só toda Rua Santa Catarina nesse quarteirão como parte teve de passar o cruzamento anterior, o que levou a que a maioria não tivesse tido possibilidade de ouvir a leitura do mesmo. A marcha continuou e Passos Manuel ficou cheia de um passeio ao outro. Também na Avenida dos Aliados a praça da fonte quase não chegava para acolher tanta gente e onde se fizeram os discursos de encerramento combinados com momentos mais festivos pelo meio.
De ali os manifestantes e outros seguiram o calendário da Marcha do Orgulho LGBT+ no Porto, e foram primeiro para a Rosa Escura continuar a festa que terminou no Café Ceuta.
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