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13º Festival de Cinema Gay e Lésbico de Lisboa

Detalhes de Aria de Mustang


Aria de Mustang
Katrina Daschner
Queer Art - Curta Metragem
18 min. Áustria 2009
O striptease é indissociável da história da exploração da mulher, em termos de uma economia patriarcal, bem como de uma rígida imagética do corpo e das políticas do olhar. Desde inícios dos anos 1990, o 'novo burlesco', derivado de algumas estéticas teatrais dos anos 1930, tem trabalhado este género com humor e uma consciência do self, procurando uma nova experiência do corpo feminino enquanto mapa auto-determinado de atracção. Neste caso, a carga sexual é complementada com um jogo quase dançado de poses e gestos que não têm como alvo o olhar masculino, propagando antes imagens alternativas do corpo. Com Aria de Mustang, a segunda parte de uma planeada trilogia, Katrina Daschner faz uma referência muito clara a este género, ao mesmo tempo em que o expande com signos e imagens lésbico-queer e também sadomasoquistas, que não têm qualquer espaço de expressão nos comuns sistemas representativos hetero-normativos. Desde o início, Daschner clarifica o contexto no qual se posiciona, ou seja, a que olhos e ouvidos se expõe, através das suas performances. Candidatas, que trabalham no meio artístico e cultural lésbico-queer de Viena, vestidas de trajos de equitação, emolduram este cenário eléctrico e glamouroso como se de um coro grego se tratasse, funcionando como ruidosas comentadoras que concluem assim o vídeo. A coreografia da performance, na qual Daschner e duas amantes (todas em figurinos fetichistas) se dão prazer, desenvolve-se a par de uma linha melódica repetida, assinada por uma banda local, os Bonanza Jellybean: "I know, that I am gorgeous, that is nothing new. When I go to bed tonight it will definitely not be with you." Apesar da clara rejeição expressa na letra, um fitar directo e autónomo da câmara, mantendo contacto directo com o espectador, revela-se o gesto que define, quer as performers, quer o coro. Mesmo quando uma cena pornográfica remata o final da performance, as actrizes não baixam o olhar com vergonha; ao invés, as suas expressões permanecem controladas: uma releitura queer da situação existente que encena um lascivo namoro com a câmara. (Dietmar Schwärzler)

The striptease is accompanied by the history of exploitation of women, in terms of a patriarchal economy as well as a rigid body image and regime of the gaze. Since the early 1990s, "new Burlesque," following from the theatre forms of the 1930s, has net this genre with humour and self awareness and attempted to re-open the female body as a self-determined field of attraction. The sexual charge is, in this case, supplemented with a dance-like game of poses and gestures that does not aim at a purely male gaze, and propagates alternative body images. With Aria de Mustang, the second part of a planned trilogy, Katrina Daschner makes a very clear reference to this genre, but at the same time expands it with queer-lesbian, and also sadomasochistic signs and images, which have no place in common hetero-normative representational systems. Right from the start, Daschner clarifies the context that she positions herself in, that is, which eyes and ears she exposes herself to with her performance. Proponents working in Vienna's queer-lesbian art and culture scene dressed in riding outfits frame the glamorous sparkling setting like a Greek chorus, and function as roaring commentators who conclude the video. The choreography of the performance, in which Daschner and two lovers (all in fetish costumes) enjoy themselves, runs along a multiply repeating line of a song from the local music group Bonanza Jellybean: "I know, that I am gorgeous, that is nothing new. When I go to bed tonight it will definitely not be with you." Despite the unambiguous rejection in the lyrics, a direct and autonomous gaze into the camera maintaining steady contact with the audience remains the defining gesture of both the performers as well as the chorus. Even when a pornographic scene marks the end of the performance, the actresses do not lower their eyes in shame; instead, their expressions remain controlled: A queering of the existing situation that stages a coquettish flirt with the camera. (Dietmar Schwärzler)

Cinema São Jorge - Sala 3
Programa de Curtas Lésbico
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Programas para maiores de 18 anos - Esta secção é meramente informativa, verifique eventuais alterações de programa junto da organização do festival.
Bilhete Normal - 3.50 EUR (3.00 EUR para membros de associações LGBT ou funcionários CML ou menores 25 anos ou maiores 65 anos)
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Espectáculo de Teatro - 5.00 EUR (Preço único)
 
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