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7º Festival de Cinema Gay e Lésbico de Lisboa

Detalhes de Febre no Arquivo: Vídeos Activistas sobre a SIDA


Febre no Arquivo: Vídeos Activistas sobre a SIDA
Jim Hubbard
Noite Hetero

Descendentes directos de um rico e ecléctico legado do cinema alternativo, os Vídeos Activistas sobre a SIDA constituem hoje uma das mais significativas expressões culturais da epidemia da SIDA. Estes trabalhos resultaram de uma necessidade de resposta à epidemia, bem como de uma reacção às abordagens governamentais e dos media às problemáticas da SIDA. O vídeo, pelo seu baixo custo, acabou por constituir a forma mais eficaz de perpetuação de uma memória e, embora muitos deles criados como uma resposta imediata à crise, permanecem hoje de uma vitalidade extraordinária, conjugando uma sexualidade vibrante aos objectivos activistas.
A presente série de vídeos integra o Royal St. Marks AIDS Activist Video Collection da New York Public Library, que inclui, no total, mais de duas mil horas de material gravado. Os Vídeos Activistas sobre a SIDA têm como grande objectivo contar a história do vírus do ponto de vista daqueles por ele afectados, retratando a sua luta, não só contra a doença, mas contra a estigmatização de que são vítimas, num retrato político e pessoal. Este género constituiu uma alternativa às representações mainstream da SIDA que se regiam sob três vectores fundamentais: o gay branco acometido pelo vírus, a vítima inocente (não gay) e o toxicodependente de cor. Para as comunidades afectadas pelo vírus, os Vídeos Activistas sobre a SIDA revelaram verdadeiramente as complexidades clínicas, sociais, politicas e económicas da epidemia.
De 1981, altura do reconhecimento clínico da síndroma, até 1985, o ano da morte de Rock Hudson, a SIDA recebeu muito pouca atenção dos media, surgindo como uma doença associada aos gays e à sua suposta promiscuidade sexual. Embora com uma expressão crescente desde 1984, foi só a partir de 1987, com a criação da associação activista ACT UP New York, que os Vídeos Activistas sobre a SIDA ganharam um novo fôlego. Entre 1988 e 1993 foi o período de explosão deste género, com vídeos a ser produzidos em Los Angeles, São Francisco, Chicago e outras metrópoles americanas. Contudo, foi sempre de Nova Iorque que surgiu o maior número de obras, quer por ter sido o «epicentro» da epidemia e o núcleo mais fervilhante do activismo gay, quer porque entretanto haviam sido aí criadas as condições e infra-estruturas necessárias para os criadores destes vídeos. A partir de 1994 assistimos a um declínio deste género, coincidente com o enfraquecimento do activismo gay americano.
Os oito vídeos desta série são um exemplo da diversidade dentro dos Vídeos Activistas sobre a SIDA. No entanto, une-os a mesma urgência, compromisso e paixão.
Reclaiming Desire: How to Have Sex in an Epidemic



Pequeno Auditório Fórum Lisboa
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Programas para maiores de 18 anos - Esta secção é meramente informativa, verifique eventuais alterações de programa junto da organização do festival.
Bilhete Quarteto - 3.00 EUR (2.00 EUR para membros de associações LGBT). Bilhete Cinemateca - 2.50 EUR. Entrada livre no Forum FNAC.
 
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