A sexta edição da Marcha Nacional de Orgulho lésbico, gay, bissexual e transgénero de Lisboa, reuniu cerca de 2000 pessoas que desceram a Avenida da Liberdade em Lisboa até ao Rossio no dia 25 de Junho. Este ano, a iniciativa ficou marcada pela presença de algumas personalidades heterossexuais. Entre elas, Rui Zink, Inês Pedrosa, Gabriela Moita, Augusto Seabra e o actor brasileiro Alexandre Frota, que reiteraram o seu apoio à legalização do casamento civil entre pessoas do mesmo sexo - medida que já está em aprovação em Espanha e que foi o grande objectivo político da manifestação.
Pela primeira vez, a iniciativa contou com o apoio de Rui Zink e Inês Pedrosa, que foram "madrinhos" da marcha. Estes consideraram que a iniciativa é uma "luta de todos os que defendem os seus direitos". O respeito pela liberdade e pelos direitos humanos foram as grandes motivações que levaram os dois escritores a aceitar o convite. Rui Zink disse não compreender "como é que pessoas que pagam impostos, não podem ter o direito civil ao casamento". Uma opinião partilhada por Inês Pedrosa, que considera que "o reconhecimento do direito ao casamento civil e à adopção de crianças é uma questão de direitos humanos fundamental, da máxima urgência" e lamenta as "manifestações de agressão homofóbicas" que aconteceram em Viseu, "fruto de uma mentalidade hipócrita e sonsa".
O evento foi organizado pela ILGA Portugal, Clube Safo, Não Te Prives e Panteras Rosa, as quais leram o Manifesto 2005 no início da Marcha. O evento contou também com a participação do PortugalGay.PT (divulgando o Porto Pride 2005), Rede Ex Aequo, Amnistia Internacional, SOS Racismo, Partido Humanista, Bloco de Esquerda, Opus Gay, Discoteca Trumps, diversas organizações da Marcha Mundial de Mulheres assim como muitos participantes a título individual.
À noite aconteceu mais um Arraial Pride no Parque do Calhau.