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Hepatites

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Publicado em 1 Janeiro 2012 0:11Z



Hepatites
O fígado pode ser alvo de diversos vírus com consequências mais ou menos graves

Informação básica



Os três tipo mais comuns de vírus de hepatite são os tipos A, B e C (existem também a D e E). Estes virus podem ser transmitidos de diversas formas incluindo via sexual. Todos os virus de hepatite podem causar inflamação do fígado, falha no fígado, cancro no fígado e morte. A hepatite B é a causa de cancro no fígado mais comum no mundo.

Como é transmitida?



A hepatite A é normalmente difundida através de comida contaminada, água ou fezes, através de falta de cuidado na lavagem das mãos ou por fornecimento de água contamina. A hepatite A é também transmitida através de sexo oral/anal. Marisco originários de zonas com água contaminada que sejam comidos crús ou não cozinhados adequadamente podem também ser origem de uma infecção de hepatite A. É altamente contagiosa e pode-se transmitir rapidamente através do contacto do dia a dia numa habitação.

A hepatite B é o tipo de hepatite vírica transmitida sexualmente mais comum. Indivíduos que partilham ou usam agulhas contaminadas com sangue podem ficar infectados. É possível o contágio por via sexual devido ao contacto com fluidos corporais (sangue, saliva, sémen e secreções vaginais). Os recem-nascidos podem ser infectados à nascença pelas mães. Devido aos controlos mais eficazes, é raro o contágio através de transfusões sanguíneas.

A hepatite C foi recentemente identificada como uma importante causa de doença crónica do fígado e de cancro do fígado. A hepatite C afecta cerca de 3% da população mundial. Indivíduos que partilham ou usam agulhas contaminadas com sangue ou equipamento de injecção de drogas (agulhas, algodão, colheres) podem ser infectados sendo que, em Portugal, quase 100% dos viciados em drogas injectáveis há mais de 10 anos são portadores do vírus. Outras potenciais vias de transmissão são as erosões do nariz quando é inalada a cocaína, tatuagens e piercing. Até este momento o maior número de casos de hepatite C na população em geral parecem ser devidos a transfusões de sangue contaminado (embora a origem seja impossível de identificar em 40% dos casos), no entanto as técnicas actuais permitiram diminuir drasticamente o risco de contágio das hepatites B e C por esta via. Não é comum a infecção através da via sexual nem da mãe para o filhos excepto em situações de elevada carga viral, o que pode acontecer em doentes VIH positivos. Actualmente não existem recomendações particulares para o uso de perservativo por doentes com hepatite C, se bem que existam outras razões mais genéricas válidas para o uso de preservativos.

No caso de uma picada de agulha (pessoal de saúde) os riscos de infecção são aproximadamente de 30% para a hepatite B, 3% para a hepatite C e 0,3% para o VIH.

Quais os sintomas?



Em todos os três tipos (hepatite A, B, C) a gravidade e tipos de sintomas variam significativamente de indivíduo para indivíduo. Podem incluir fatiga, dor abdominal, pele ou olhos amarelados, urina escura, fezes com cor clara e febre. Os sintomas podem ser breves ou durarem algumas semanas. Os sintomas normalmente aparecem duas a seis semanas após a infecção. A maioria dos indivíduos não tem consciência da sua infecção porque não tomam conhecimento dos sintomas até que tenham uma falha do fígado ou cancro no fígado. No caso particular da hepatite C cerca de 70 a 80% dos doentes não tem qualquer sintoma.

Como é diagnosticada a hepatite?



O diagnóstico da hepatite é feito através de testes de sangue procurando anticorpos de hepatite.

Como é tratada a hepatite?



O tratamento geral para todos os tipos de hepatite é descanso na cama e toma de líquidos. A toma de líquidos é importante para evitar a desidratação. Não existe medicação eficaz neste momento. A doença eventualmente segue o seu percurso, se bem que a recuperação possa levar vários meses.

A hepatite A não é crónica. Não tem estado de portador. Uma vez infectado, o indivíduo gera proteção de anticorpos contra a hepatite A e não pode ser infectado novamente.

A hepatite B pode ser uma doença crónica. Cerca de 5 a 10% dos adultos infectados tornam-se portadores. Se bem que um portador possa não ter consciência que está infectado pela hepatite B, podem infectar os seus parceiros sexuais ou companheiros de habitação. Os portadores podem também desenvolver cirrose ou cancro do fígado mais tarde. Estas doenças são fatais. Não existem tratamentos eficazes para a hepatite B. Para evitar mais danos no fígado é essencial evitar o alcool.

A hepatite C pode ser tratada. Cerca de 80% das pessoas evoluem para doença crónica, destes 20 a 50% desenvolvem cirrose e destes 20 a 30% vao evoluir para cancro. Curiosamente, na maioria dos doentes infectados, a hepatite crónica C não influencia a mortalidade devido à longa duração da evolução da doença, no entanto alguns, por razões ainda não determinadas, têm uma progressão rápida da doença (<10 anos). Novos estudos indicam que até cerca de metade das pessoas que tiveram terapia durante um ano podem ser curadas mas isto depende do tipo de lesões causadas. Por esta razão é muito importante que consulte o seu médico para avaliar o seu risco de contágio de hepatite C e fazer um teste de sangue se necessário.

Como evitar o contágio pelas hepatites?



Existem vacinas contra a hepatite A e B. Neste momento não existem vacinas contra a hepatite C e a possibilidade de existirem no futuro é diminuta devido às características do vírus. Consulte o seu médico para mais informação sobre a eficácia, riscos e disponibilidade destas vacinas.



Notas:
Estes documentos são apresentados a título meramente informativo e não dispensam o conselho do seu médico.
Esta informação foi recolhida de várias fontes na Internet, consulte a página de links para mais informação
Informe-se e informe o seu parceiro sobre as DSTs, use sempre um preservativo, evite o sexo anónimo, limite o número de parceiros sexuais.
 
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