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Decorreu este sábado em Lisboa mais uma edição da Marcha do Orgulho LGBT da cidade sob o Lema "Fracturante é a Discriminação", seguida do Arraial Pride.
A Marcha teve mais de 1000 participantes e foi organizada por colectivos LGBT (Não te prives, ILGA Portugal, Panteras Rosa, Janela Indiscreta) juntamente com entidades não LGBT (APF, SOS Racismo e Médicos pela Escolha), uma novidade para a cidade. Os organizadores tiveram que lidar com uma mega-manifestação (30'000 pessoas) da CGTP marcada para o mesmo dia o que levou a alterações de última hora no percurso previsto e a menos espectadores do que em anos anteriores. A marcha arrancou no Jardim do Príncipe Real após a leitura do Manifesto da Marcha do Orgulho LGBT de Lisboa, seguindo para a Rua de S. Pedro de Alcântara e Largo Trindade Coelho e depois fez uma série de zig-zages por Rua Nova da Trindade, Rua Garrett, Rua do Carmo e Rua do Ouro para completar o percurso na Praça do Comércio. Em termos de participação além de bem mais numerosa que no ano anterior foi também marcada por uma maior variedade de atitudes e posturas na marcha, se bem que o número de organizações com faixas tenha sido limitado a, praticamente, os organizadores e apoios directos (Rede ex aequo, Clube Safo) com a honrosa excepção do Bloco de Esquerda, da UGT e AJP. Também estiveram presentes a discoteca Mister Gay e, pela primeira em Lisboa o carro de som do PortoPride a animar ainda mais a marcha e a divulgar também a Marcha do Orgulho LGBT do Porto que acontecem no dia 12 de Julho. No final da marcha, após alguma indecisão sobre a utilização do carro de som da marcha ou o equipamento do Arraial Pride, que a Associação ILGA Portugal disponibilizou embora sem acesso ao palco, os vários organizadores da mesma aproveitaram a ocasião para apresentarem as razões de ser da marcha. Na ocasião foi também lido um texto de apoio por parte da CGTP à marcha.
Entretanto na Praça do Comércio o Arraial Pride arrancava também numa tarde de calor mas que a brisa que se fazia sentir na altura ajudou a amainar, o evento organizado pela ILGA Portugal com apoio da Câmara Municipal de Lisboa disponibilizou mais de 20 bares entre representações de associações e de locais LGBT da cidade alfacinha e ainda do carro Porto Pride. Além da música (desta vez os DJs estavam numa barraquinha no centro do recinto e não no palco como já aconteceu em edições anteriores) o Arraial também foi animado por dois blocos de show de travesti/transformismo (recolhemos imagens apenas do segundo) e terminou por volta das 4 da manhã.