Depois de alguns pais terem reclamado por terem ficado incomodados pela possibilidade dos filhos poderem ver a foto, o director da escola, B.J. Blake, apesar de ter mostrado uma firme intenção de autorizar a exposição sobre a diversidade, reuniu-se com os organizadores da exposição e foi decidido que não era o "timing" certo para se concretizar a dita.
A foto nada tem de mal ou errado, é somente uma fotografia da face de uma jovem. Provavelmente, se não estivesse legendada como foto de uma transexual, ninguém teria levantado qualquer objecção. Mas, sendo nos EUA, a defesa dos valores morais de crianças que são bombardeadas constantemente com cenas de sexo (velado mas em que geralmente se vê a nudez feminina enrolada com o parceiro masculino, usualmente o herói do filme) em cada filme na TV, ou com cenas de filmes de guerra como futura instrução para as forças armadas, presumo eu, não podem ver uma foto da face de uma rapariga, numa curiosa mostra da moral americana.
Esta curiosa dualidade de critérios faz lembrar as recentes declarações do Papa na sua última visita ao médio-oriente, onde condenou as atrocidades cometidas ao povo judaico, sem no entanto pedir desculpa ou mostrar qualquer arrependimento pela ajuda dada por membros do vaticano aos criminosos nazis que fugiram para outros países, nomeadamente a Argentina, fornecendo documentação falsa à Odessa.