"É um grande passo na construção de uma cidadania para jovens transexuais e transgéneros facilitando a sua integração profissional, educação e saúde", disse à BBC World Sempol Diego, do grupo de gays, lésbicas, travestis e transexuais Ovejas Negras.
O projeto assegura que "todos têm o direito ao livre desenvolvimento da sua personalidade de acordo com sua identidade de género, independentemente do seu sexo biológico, genético, anatómico, morfológico, hormonal ou de atribuição.
A lei permitirá a consonância entre a identidade e o nome e sexo mencionados nos documentos legais, desde a certidão de nascimento até ao passaporte.
O parlamento uruguaio tinha aprovado recentemente a adopção de crianças por casais homossexuais, e autorizado as uniões civis entre pessoas do mesmo sexo, reconhecendo o direito ao concubinato.
Estas medidas, juntamente com a autorização de homossexuais que queiram ingressar no exército, fazem do Uruguai um dos países mais respeitadores dos direitos humanos da América Latina e do mundo.
Segundo Sempol, a lei permitirá que muitos transexuais escapem à prostituição forçada "a que recorrem por não terem nenhuma alternativa de emprego. A correlação entre a aparência e o nome vai facilitar a integração", disse ele.
Embora não exista nenhum estudo estatístico sobre a população de travestis e transexuais no Uruguai, Sempol estimou que cerca de cinco mil pessoas serão beneficiadas por esta lei.