Etienne Carmella, a vítima tem 22 anos e é uma emigrante taitiana a viver nos EUA desde há seis anos, tendo começado a sua transição pouco depois de ter chegado aos EUA.
"Estou muito traumatizada com o sucedido", afirmou ela. "Fui atacada por ser quem sou. Eu não os conheço, nunca os tinha visto" continuou, "Eu regressava a casa vinda de uma loja quando me atacaram com pedras e garrafas de cerveja vazias. Uma das garrafas estilhaçou-se e cortou a minha perna". Etienne conseguiu chamar a polícia pelo telemóvel ainda durante o ataque. "Eles gritaram insultos homofóbicos contra mim. Ameaçaram matar-me." Segundo a polícia, um dos agressores disse-lhe "Nunca mais andes por este bairro ou cortaremos a tua garganta".
Clinicamente e legalmente já mulher, pensava que os insultos e provocações já tinham terminado. Mas na quarta-feira foi agredida verbal e fisicamente.
Dois homens, identificados como Nathaniel Mims de 25 anos e Rasheed Thomas de 22, foram detidos e acusados de agressão por crime de ódio, enfrentando uma possível condenação de 15 anos de prisão. O Delegado do ministério público, Richard Brown, afirmou que "Casos envolvendo ódio e preconceito nunca irão ser tolerados".
Este ataque aparece a seguir a um outro também em Queens, onde Leslie Mora foi barbaramente atacada com um cinto por dois homens. Brendan Fay, da comunidade LGBT de Queens, afirmou que "Claramente estes incidentes não são actos isolados. A violência e a discriminação estão a aumentar".