"A principal reivindicação será defender a legalização dos casamentos homossexuais", afirmou Nikolai Alexéev, organizador da marcha Pride, de acordo com as agências russas.
O evento terá lugar a 7 de Julho próximo da embaixada dos E.U.A. em Moscovo, no segundo dia da visita de Obama. Alexéev acrescentou que em breve apresentará um pedido às autoridades locais.
"Os activistas decidiram usar a frase da campanha presidencial de Obama "Sim, nós podemos", alterando-a para "Sim, você pode", no sentido da legalização das uniões entre pessoas do mesmo sexo".
O presidente da Câmara de Moscovo, Yuri Luzhkov, declarou no início deste mês a não autorização da realização de uma manifestação homossexual na cidade, tanto por questões morais como para evitar ataques de grupos ultranacionalistas.
"Primeiro, a nossa sociedade é moralmente saudável e não aceita todos aqueles maricas. Além disso, se fossem autorizados a reunirem-se e celebrarem a sua marcha, matá-los-iam. Na Rússia, há cristãos radicais que são contra o que consideram manifestações demoníacas", afirmou Luzhkov.
A Igreja Ortodoxa, cujo peso na sociedade aumentou drasticamente nos últimos anos considera como um "sacrilégio" a propaganda homossexual.
Entretanto, os muçulmanos russos acreditam que a "sexualidade alternativa é um crime contra Deus e que as minorias sexuais não têm direitos."
Em 1993, a homossexualidade foi oficialmente considerada uma doença mental na Rússia.