Na Terça-feira passada, em Copenhaga, perto da Câmara Municipal, em plena luz do dia, um jovem, que agora se sabe ter 21 anos, de Jutland, aproximou-se dela por trás e atacou-a selvaticamente com um martelo.
Cecillia foi deixada caída na rua com um severo traumatismo craniano, alternando entre momentos acordada e desmaios. Algumas pessoas que passavam na altura foram em seu auxílio mas pouco puderam fazer. Foi de imediato transportada para um hospital, onde foi imediatamente operada devido à gravidade dos ferimentos. Foi-lhe colocada uma pequena tela de titânio na cabeça para substituir as partes do crâneo que foram quebradas.
O seu agressor entregou-se entretanto à polícia que se encontra a averiguar se se tratou de um crime de ódio, visto Cecillia ser transexual, mas até agora sem conclusões definitivas. Por não haver ligações prévias entre a vítima e o agressor e Cecillia não ter aparência masculina, a dúvida permanece, mas o crime de ódio não está posto de parte. Apurado é que se tratou de uma ataque sem provocação e na presença de testemunhas.
Cecillia encontra-se internada a recuperar do ataque e da cirurgia e o prognóstico é favorável.
Poderia ter sido muito pior do que ele realmente foi, Meia polegada mais abaixo e tinha sido o fim da sua vida.
Com 48 anos, 1,77 de altura, Cecillia não se lembra de nada. Tem ideia de acordar várias vezes com pessoas à volta, encontrar o número do seu namorado, até acordar no dia seguinte à cirurgia.
Os vestígios do ataque falam por si. A sua cabeça tem agora uma mancha sangrenta depois dos médicos implantarem uma pequena tela de titânio para substituir as partes do crânio que foram quebradas e não podem ser restauradas por si só. O seu rosto e mãos testemunham várias outras feridas que recebeu como resultado da queda, quando caiu desmaiada no chão.
Juntamente com Cecillia caiu por terra o mito do avanço civilizacional dos países nórdicos.