Investigadores do National Institute for Medical Research de Londres descobriram que um único gene impede as fémeas de desenvolverem características físicas masculinas como a barba e testículos.
O estudo em ratos adultos demonstrou que quando o gene, conhecido como FOXL2, foi desligado artificialmente, os ovários das fémeas transformaram-se em testículos produzindo quantidades masculinas de testosterona.
Previamente, pensava-se que o género era controlado pelos cromossomas X e Y. Os homens são tipicamente XY e as mulheres XX. Este estudo refuta o consenso de que o género é fixado à nascença e que os embriões são femininos salvo se tiverem gene determinante masculino.
O Co-autor do estudo, Robin Lovell-Badge, afirmou ao The Independent que "é possível fazer estas alterações em adultos humanos. Poderá eventualmente tornar desnecessária a necessidade de cirurgias em tratamentos de redesignação de sexo".
Os novos testículos não produzem esperma, mas a presença de testosterona sugere que em humanos possa levar ao surgimento de pêlos faciais, uma voz mais grave e o desenvolvimento da massa muscular.
Lovell-Badge disse que se investiga agora se as células masculinas se podem tornar em femininas. Outras possíveis aplicações desta descoberta incluem o tratamento da pré-menopausa nas mulheres.