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Quarta-feira, 1 Julho 2009 10:40

EUA
Mulher transexual brutalmente espancada em Queens



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A 19 de Junho deste ano, no pico do mês dedicado ao Pride LGBT, por volta das duas da manhã, Leslie Mora regressava a casa vinda de um bar na Roosevelt Avenue, em Queens, bairro de New York.

EUA: Mulher transexual brutalmente espancada em Queens

Subitamente foi acossada por dois homens que a espancaram brutalmente com um cinto, só parando quando um condutor de um veículo que passava ameaçou chamar a polícia. Durante o ataque, os assaltantes repetidamente chamaram-na de "maricas" em Espanhol.

Leslie ficou com multiplos ferimentos, equimoses por todo o corpo e feridas na cabeça.

Quando a polícia chegou, encontraram-na semi-nua e a sangrar abundantemente. Também recuperaram um cinto deixado pelos assaltantes coberto de sangue.

Os assaltantes, já detidos e identificados como Trinidad Tapia, de 19 anos, e Gilberto Ortiz, de 32 anos, foram acusados de assalto com intenção de causar ferimentos com arma, foram libertados sob fiança e o promotor do distrito de Queens County não tem intenção de classificar o acto como um crime de ódio.

A TLDEF (Transgender Legal Defense & Education Fund) considera que o facto de a ofenderem verbalmente enquanto a agrediam constitui prova inequivoca de que se trata efectivamente de um crime de ódio, e exige que a acusação o trate como tal.

Curiosamente, na noite de Sábado, Joseph Holladay, homem gay, foi atacado por meia dúzia de jovens, no New York City's Upper East Side, que enquanto lhe batiam gritavam slogans anti-gay, deixando-o inconsciente, tendo sido posteriormente levado a um hospital por um amigo. A NYPD's Hate Crimes Task Force encontra-se a investigar o caso, já considerado como crime de ódio.

Curiosa esta disparidade de tratamentos, infelizmente não incomum quando se trata de pessoas transexuais, que impõe a pergunta: se segundo as leis do estado de New York um crime é considerado de ódio se baseado na entendida orientação sexual da vítima, o que acontece em ambos os casos, pois no caso da mulher transexual foi chamada ofensivamente de "maricas", como pode o mesmo estado classificar um caso como crime de ódio e o outro não?

Ser-se transexual implica sofrer-se com todo o ódio e discriminação sofridas pela comunidade LG, acrescida do ódio e discriminação por se ser T.

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