O Uganda que já puniu as pessoas LGBT com penas desde a prisão perpétua à pena de morte, lei que posteriormente foi anulada devido a pressões internacionais, recebeu o Papa que fez uma viagem pelo Quénia, o Uganda e a República Centro-Africana.
Para Frank Mugisha, proeminente ativista LGBT, a viagem levantou esperanças e aaté uma possível audiência com Papa quando da sua passagem pelo seu país, tal como tinha acontecido na recente viagem do Papa Francisco aos EUA. Frank Mugisha lamenta que ao dar relevo à corrupção que graça nestes países, o Papa tenha esquecido os direitos humanos.
Mugisha esperava que o Papa mesmo não tendo na agenda reuniões com ativistas, falasse ou desse uma palavra de apoio sobre as pessoas LGBT no sentido de mudar um pouco a mentalidade da população e da própria igreja ugandesa que, em conjunto com restantes religiões presentes no país, tem exercido uma opressão forte contra as pessoas LGBT.
Mas Mugisha não quis deixar de enviar uma mensagem ao Papa através do canal Al Jazeera: “Eu teria dito ao papa que os ugandenses o amam tanto, e assim como os LGBTI ugandenses, e queremos as mesmas coisas: viver uns com os outros em paz” acrescentando que as igrejas que deviam pregar a tolerância e a aceitação na verdade discriminam as pessoas LGBTI e incitam ao ódio.
Pode ser que o Papa o ouça numa próxima visita.